terça-feira, 8 de novembro de 2011

Como a vida dá voltas. Montanha russa: a minha vida.

A minha vida nos últimos 3 anos foi tudo menos rotineira. Mas tinha que ser? Pergunto-me eu. Não sei, só sei que não foi. Gostei? Gostei, temos de apreciar o que vivemos, e aceitar o que não vivemos. Tenho que apreciar os bons momentos e aprender com os maus.

Understand lifeNos últimos tempos tem sido uma correria vagarosa. O tempo passa num instante e tenho encarado tudo com muita calma. Aprendo a controlar-me diariamente. Aprendo a viver a cada dia que passa. E aprendo a gostar de mim a cada experiência pela qual passo. Aprendi finalmente que se não nos amarmos a nós próprios, não conseguimos amar o outro. Talvez seja por isso que não tive sucesso em dar mais de mim aos outros. Talvez seja por isso que "larguei" quem mais amava e mais me apoiava. Agora não há muito a fazer. O "não" parece definitivo e a esperança começa a desvanecer. Eu pergunto-me diaramente se ela pensa em mim. Mas não vale a pena martirizar-me mais. O tempo haverá de se encarregar de me traçar um destino, apesar de não acreditar no "Livro da vida". Acredito sim no diário da vida, onde somos nós que escrevemos cada palavra, e não um "Ser" que nos traçou um caminho. Espero e as coisas haverão de aparecer. Tenho coisas mais importante par ame preocupar agora do que com quem quero estar. Primeiro eu. Depois os outros. E neste momento a minha situação "profissional" é bem delicada e está a passar por uma grande mudança. Mudei de rumo, e é uma prova de que somos nós que traçamos o nosso próprio caminho e que reescrevemos o futuro a cada dia que passa. Já sonhei muito com muita coisa que agora não sonho nem quero. Os sonhos fizeram-me chegar onde estou e acredito que os que tenho agora me haverão de fazer chegar a um futuro incerto, e como tal não tenho que me preocupar, porque enquanto eu fizer o que acho certo e o aprender com o que errar, estarei bem entregue a mim próprio e ao mundo exterior.

Agora resta esperar, e um dia em breve haverei de saber o que me espera nos próximos tempos.

08-11-2011

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Evolução ou desevolução?

O tempo passa tão rápido e tão devagar. Dou por mim a olhar as nuvens e o céu estrelado. Penso na vida que tive e na que tenho. As voltas que o meu caminho deu. As viagens calmas e os pólos agressivos. E eu penso: qual o propósito disto tudo. O mundo esta em colapso social, económico, político, ... E que papel tenho eu dentro de milhares de vidas . Qual o meu desempenho nos vastos km deste mundo. Aproveito todos os momentos. A só e acompanhado. Mas de que adianta? A vida é triste e tudo o que temos são pequenos momentos de felicidade que nos mantém vivos. Precisamos de alguém e ao mesmo tempo de ninguém. Precisamos de tudo e nada. E eu penso : porque estou aqui?

JC

domingo, 6 de março de 2011

Let's face it, the world is a shit. We will erupt in war.

Pearl Jam - Just Breathe

É a música que mais me faz pensar neste momento. Tudo à minha volta parece que se desfaz como algo que nunca existiu. Apetece-me fugir, correr, voar, nadar, morrer de cansaço, de tentar. Não tenho mais vontade de desistir, mas continuo sem encontrar propósito, ou objectivo. Para quê? Porquê?
Caminhamos moribundos neste mundo caótico para dizer :"Sim, sobrevivi mais um dia". Boa, os próximos serão piores. Que será feito dos nossos filhos e netos que têm à sua espera tiranos e manda-chuvas que tudo o que conseguem ver é dinheiro e poder. Cabe à geração actual impedir que tal aconteça, mas não se vêem mudanças nem revoluções ditas "significativas".

A minha ignorância espanta-me a mim mesmo, mas hoje descobri que para haver uma manifestação pública é necessário autorização do governo. Reparem que não passamos de peões num jogo do monopólio. Mas ao invés de possuirmos propriedades, só pagamos renda, e agora sempre que passamos pela casa Partida, em vez de recebermos aqueles $200 que davam tanto jeito, agora só recebemos uns meros $50 porque o governo precisa de "poupar". Então há que criar ainda mais dificuldades aos que lhes pagam os carros e moradias e viagens de "negócios" que são só mais umas férias extra. Tanto neste como noutro país, a história é a mesma. Não passamos de escravos que trabalham para se safar da pobreza e para isso há que lamber bem as botas daquele caramelo que dá promessas e não as cumpre.

Infelizmente, ainda existem aquelas senhoras de idade que tanto gostam do Cavaco e do Sócrates ou de quem seja, porque ele na altura delas era jeitoso e tal. Enquanto houver retrogados, preguiçosos, paus-mandados, e pouca revolução, iremos parecer peixes dentro dum aquário. Andamos 20cm para descobrir que já demos a volta ao nosso mundo. Aqui, ali ou acolá, acontece tudo igual. Enquanto os Conservadores Americanos não perceberem que reclamaram a Liberdade, para poderem ser livres e que estão a fazer exactamente aos outros aquilo que lhes fizeram a eles, não evoluiremos como raça. Humano é errar, mas é saber perdoar e aceitar. É saber ser solidário e não um Senhor da Guerra, é saber ajudar sem esperar nada em troca.

Estes são os defeitos que irão destruir o mundo em poucos anos. Enquanto não houver um a fazer a diferença, tal como houve em revoluções e libertações de escravos que tanto ouvimos falar na escola, na disciplina de História, enquanto não houver quem se sacrifique pelo bem Maior, não haverá nada mais porque lutar, pois não haverá um mundo onde viver.

Esperem e verão, daqui a uns anos, verão o caos em que nos encontramos.


E fica aqui a minha atitude revoltada de hoje!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Como tudo depende do estado de espirito..





Entrevista com o Dr. Jorge Carvajal, médico cirurgião da Universidade de
Andaluzia, Espanha, pioneiro da Medicina Bioenergética.
Qual adoece primeiro: o corpo ou a alma?

A alma não pode adoecer, porque é o que há de perfeito em ti, a alma evolui,
aprende. Na realidade, boa parte das enfermidades são exatamente o
contrário: são a resistência do corpo emocional e mental à alma. Quando
 nossa personalidade resiste aos desígnios da alma, adoecemos.

A Saúde e as Emoções.
Há emoções prejudiciais à saúde? Quais são as que mais nos prejudicam?

70 por cento das enfermidades do ser humano vêm do campo da consciência
emocional. As doenças muitas vezes procedem de emoções não processadas, não
expressadas, reprimidas. O medo, que é a ausência de amor, é a grande
enfermidade, o denominador comum de boa parte das enfermidades que temos
hoje. Quando o temor se congela, afeta os rins, as glândulas suprarrenais,os
ossos, a energia vital, e pode converter-se em pânico.
Então nos fazemos de fortes e descuidamos de nossa saúde?

De heróis os cemitérios estão cheios. Tens que cuidar de ti. Tens teus
limites, não vás além. Tens que reconhecer quais são os teus limites e
superá-los, pois, se não os reconheceres, vais destruir teu corpo.
Como é que a raiva nos afeta?

A raiva é santa, é sagrada, é uma emoção positiva, porque te leva à
autoafirmação, à busca do teu território, a defender o que é teu, o que é
justo. Porém, quando a raiva se torna irritabilidade,
agressividade,ressentimento, ódio, ela se volta contra ti e afeta o fígado,
a digestão, o sistema imunológico.
Então a alegria, ao contrário, nos ajuda a permanecer saudáveis?

A alegria é a mais bela das emoções, porque é a emoção da inocência, do
coração e é a mais curativa de todas, porque não é contrária a nenhuma
outra. Um pouquinho de tristeza com alegria escreve poemas. A alegria com
medo leva-nos a contextualizar o medo e a não lhe darmos tanta importância.
A alegria acalma os ânimos?

Sim, a alegria suaviza todas as outras emoções, porque nos permite
processá-las a partir da inocência. A alegria põe as outras emoções em
contato com o coração e dá-lhes um sentido ascendente. Canaliza-as para que
cheguem ao mundo da mente.
E a tristeza?

A tristeza é um sentimento que pode te levar à depressão quando te deixas
envolver por ela e não a expressas, porém ela também pode te ajudar. A
tristeza te leva a contatares contigo mesmo e a restaurares o controle
interno. Todas as emoções negativas têm seu próprio aspecto
positivo.Tornamo-las negativas quando as reprimimos.
Convém aceitarmos essas emoções que consideramos negativas como parte de nós
mesmos?

Como parte para transformá-las, ou seja, quando se aceitam, fluem, e já não
se estancam e podem se transmutar. Temos de as canalizar para que cheguem à
cabeça a partir do coração.
Que difícil!

Sim, é muito difícil. Realmente a
emoções básica são o amor e o medo (que é ausência de amor), de modo que
tudo que existe é amor, por excesso ou deficiência. Construtivo ou
destrutivo. Porque também existe o amor que se aferra, o amor que
superprotege, o amor tóxico, destrutivo.
Como prevenir a enfermidade?

Somos criadores, portanto creio que a melhor forma é criarmos saúde. E, se
criarmos saúde, não teremos que prevenir nem combater a enfermidade, porque
seremos saúde.
E se aparecer a doença?

Teremos, pois, de aceitá-la, porque somos humanos. Krishnamurti também
adoeceu de um câncer de pâncreas e ele não era alguém que levasse uma vida
desregrada. Muita gente espiritualmente muito valiosa já adoeceu. Devemos
explicar isso para aqueles que creem que adoecer é fracassar.

O fracasso e o êxito são dois mestres e nada mais. E, quando tu és o
aprendiz, tens que aceitar e incorporar a lição da enfermidade em tua vida..
Cada vez mais as pessoas sofrem de ansiedade. A ansiedade é um sentimento de
vazio, que às vezes se torna um oco no estômago, uma sensação de falta de
ar. É um vazio existencial que surge quando buscamos fora em vez de
buscarmos dentro. Surge quando buscamos nos acontecimentos externos, quando
buscamos muleta, apoios externos, quando não temos a solidez da busca
interior. Se não aceitarmos a solidão e não nos tornarmos nossa própria
companhia, sentiremos esse vazio e tentaremos preenchê-lo com coisas e
posses. Porém, como não pode ser preenchido de coisas, cada vez mais o vazio
aumenta.
Então, o que podemos fazer para nos libertarmos dessa angústia?

Não podemos fazer passar a angústia comendo chocolate ou com mais
calorias,ou buscando um príncipe fora. Só passa a angústia quando entras em
teu interior, te aceitas como és e te reconcilias contigo mesmo. A angústia
vem de que não somos o que queremos ser, muito menos o que somos, de modo
que ficamos no "deveria ser", e não somos nem uma coisa nem outra. O stress
é outro dos males de nossa época. O stress vem da competitividade, de que
quero ser perfeito, quero ser melhor, quero ter uma aparência que não é
minha, quero imitar. E realmente só podes competir quando decides ser um
competidor de ti mesmo, ou seja, quando queres ser único, original,
autêntico e não uma fotocópia de ninguém. O stress destrutivo prejudica o
sistema imunológico. Porém, um bom stress é uma maravilha, porque te permite
estar alerta e desperto nas crises e poder aproveitá-las como oportunidades
para emergir a um novo nível de consciência.
O que nos recomendaria para nos sentirmos melhor com nós mesmos?

A solidão. Estar consigo mesmo todos os dias é maravilhoso. Passar 20
minutos consigo mesmo é o começo da meditação, é estender uma ponte para a
verdadeira saúde, é acender o altar interior, o ser interior. Minha
recomendação é que a gente ponha o relógio para despertar 20 minutos antes,
para não tomar o tempo de nossas ocupações. Se dedicares, não o tempo que te
sobra, mas esses primeiros minutos da manhã, quando estás rejuvenescido e
descansado, para meditar, essa pausa vai te recarregar, porque na pausa
habita o potencial da alma.
O que é para você a felicidade?

É a essência da vida. É o próprio sentido da vida. Estamos aqui para sermos
felizes, não para outra coisa. Porém, felicidade não é prazer, é
integridade. Quando todos os sentidos se consagram ao ser, podemos ser
felizes. Somos felizes quando cremos em nós mesmos, quando confiamos em nós,
quando nos empenhamos transpessoalmente a um nível que transcende o pequeno
eu ou o pequeno ego. Somos felizes quando temos um sentido que vai mais além
da vida cotidiana, quando não adiamos a vida, quando não nos alienamos de
nós mesmos, quando estamos em paz e a salvo com a vida e com nossa
consciência. Viver o Presente.
É importante viver no presente? Como conseguir?

Deixamos ir-se o passado e não hipotecamos a vida às expectativas do futuro
quando nos ancoramos no ser e não no ter, ou a algo ou alguém fora. Eu digo
que a felicidade tem a ver com a realização, e esta com a capacidade de
habitarmos a realidade. E viver em realidade é sairmos do mundo da confusão.
Na sua opinião, estamos tão confusos assim?

Temos três ilusões enormes que nos confundem:

Primeiro: cremos que somos um corpo e não uma alma, quando o corpo é o
instrumento da vida e se acaba com a morte.

Segundo: cremos que o sentido da vida é o prazer, porém com mais prazer não
há mais felicidade, senão mais dependência.. Prazer e felicidade não são o
mesmo. Há que se consagrar o prazer à vida e não a vida ao prazer.

Terceiro: ilusão é o poder; desejamos o poder infinito de viver no mundo. E
do que realmente necessitamos para viver? Será de amor, por acaso?
O amor, tão trazido e tão levado, e tão caluniado, é uma força renovadora. O
amor é magnífico porque cria coesão. No amor tudo está vivo, como um rio que
se renova a si mesmo. No amor a gente sempre pode renovar-se, porque ordena
tudo. No amor não há usurpação, não há transferência, não há medo, não há
ressentimento, porque quando tu te ordenas, porque vives o amor, cada coisa
ocupa o seu lugar, e então se restaura a harmonia. Agora, pela perspectiva
humana, nós o assimilamos com a fraqueza, porém o amor não é fraco.

Enfraquece-nos quando entendemos que alguém a quem amamos não nos ama. Há
uma grande confusão na nossa cultura. Cremos que sofremos por amor, porém
não é por amor, é por paixão, que é uma variação do apego. O que
habitualmente chamamos de amor é uma droga. Tal qual se depende da cocaína,
da maconha ou da morfina, também se depende da paixão. É uma muleta para
apoiar-se, em vez de levar alguém no meu coração para libertá-lo e
libertar-me. O verdadeiro amor tem uma essência fundamental que é a
liberdade, e sempre conduz à liberdade. Mas às vezes nos sentimos atados a
um amor. Se o amor conduz à dependência é Eros. Eros é um fósforo, e quando
o acendes ele se consome rapidamente em dois minutos e já te queima o
dedo.Há amores que são assim, pura chispa. Embora essa chispa possa servir
para acender a lenha do verdadeiro amor. Quando a lenha está acesa, produz
fogo. Esse é o amor impessoal, que produz luz e calor.
Pode nos dar algum conselho para alcançarmos o amor verdadeiro?

Somente a verdade. Confia na verdade; não tens que ser como a princesa dos
sonhos do outro, não tens que ser nem mais nem menos do que és. Tens um
direito sagrado, que é o direito de errar; tens outro, que é o direito de
perdoar, porque o erro é teu mestre. Ama-te, sê sincero contigo mesmo e
leva-te em consideração. Se tu não te queres, não vais encontrar ninguém que
possa te querer. Amor produz amor. Se te amas, vais encontrar amor. Se não,
vazio. Porém nunca busques migalhas, isso é indigno de ti. A chave então é
amar-se a si mesmo. E ao próximo como a ti mesmo. Se não te amas a ti, não
amas a Deus, nem a teu filho, porque estás apenas te apegando, estás
condicionando o outro. Aceita-te como és; não podemos transformar o que não
aceitamos, e a vida é uma corrente permanente de transformações.