Pearl Jam - Just Breathe
É a música que mais me faz pensar neste momento. Tudo à minha volta parece que se desfaz como algo que nunca existiu. Apetece-me fugir, correr, voar, nadar, morrer de cansaço, de tentar. Não tenho mais vontade de desistir, mas continuo sem encontrar propósito, ou objectivo. Para quê? Porquê?
Caminhamos moribundos neste mundo caótico para dizer :"Sim, sobrevivi mais um dia". Boa, os próximos serão piores. Que será feito dos nossos filhos e netos que têm à sua espera tiranos e manda-chuvas que tudo o que conseguem ver é dinheiro e poder. Cabe à geração actual impedir que tal aconteça, mas não se vêem mudanças nem revoluções ditas "significativas".
A minha ignorância espanta-me a mim mesmo, mas hoje descobri que para haver uma manifestação pública é necessário autorização do governo. Reparem que não passamos de peões num jogo do monopólio. Mas ao invés de possuirmos propriedades, só pagamos renda, e agora sempre que passamos pela casa Partida, em vez de recebermos aqueles $200 que davam tanto jeito, agora só recebemos uns meros $50 porque o governo precisa de "poupar". Então há que criar ainda mais dificuldades aos que lhes pagam os carros e moradias e viagens de "negócios" que são só mais umas férias extra. Tanto neste como noutro país, a história é a mesma. Não passamos de escravos que trabalham para se safar da pobreza e para isso há que lamber bem as botas daquele caramelo que dá promessas e não as cumpre.
Infelizmente, ainda existem aquelas senhoras de idade que tanto gostam do Cavaco e do Sócrates ou de quem seja, porque ele na altura delas era jeitoso e tal. Enquanto houver retrogados, preguiçosos, paus-mandados, e pouca revolução, iremos parecer peixes dentro dum aquário. Andamos 20cm para descobrir que já demos a volta ao nosso mundo. Aqui, ali ou acolá, acontece tudo igual. Enquanto os Conservadores Americanos não perceberem que reclamaram a Liberdade, para poderem ser livres e que estão a fazer exactamente aos outros aquilo que lhes fizeram a eles, não evoluiremos como raça. Humano é errar, mas é saber perdoar e aceitar. É saber ser solidário e não um Senhor da Guerra, é saber ajudar sem esperar nada em troca.
Estes são os defeitos que irão destruir o mundo em poucos anos. Enquanto não houver um a fazer a diferença, tal como houve em revoluções e libertações de escravos que tanto ouvimos falar na escola, na disciplina de História, enquanto não houver quem se sacrifique pelo bem Maior, não haverá nada mais porque lutar, pois não haverá um mundo onde viver.
Esperem e verão, daqui a uns anos, verão o caos em que nos encontramos.
E fica aqui a minha atitude revoltada de hoje!